Greve da Administração Pública com enorme adesão na Educação
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Em dia de greve da Administração Pública foram centenas as escolas encerradas por todo o país e mesmo nas que estiveram a funcionar os serviços eram mínimos.
Em Lisboa realizou-se uma ação na entrada da Escola Básica e Secundária Passos Manuel, que contou com a participação de João Dias da Silva, Secretário-Geral da Federação Nacional da Educação (FNE), dos Vice-Presidentes do Sindicato Democrático dos Professores da Grande Lisboa e Vale do Tejo (SDPGL) Maria José Rangel e António Sota Martins, de Cristina Ferreira, Presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos e Auxiliares de Educação do Sul e Regiões Autónomas (STAAESRA) e de José Abraão, Secretário-Geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), para além de outros dirigentes de todas estas estruturas sindicais.
Para a FNE, esta greve tinha plena justificação particularmente para os
trabalhadores não docentes das escolas, quer pela ausência de negociação sobre o restabelecimento das suas carreiras especiais, quer pela insuficiência dramática de funcionários que garantam o funcionamento das nossas escolas, situação que leva a que existam serviços nas escolas que não funcionam por falta de trabalhadores, mas também com uma sobrecarga para aqueles que se mantêm ao serviço, sem esquecer que se tem continuado o recurso à precariedade para resolver muitos dos problemas das escolas.
A verdade é que o Ministério da Educação foi até agora incapaz de procurar resolver estes problemas com as organizações sindicais.
Ao longo do dia 15 de fevereiro centenas de escolas estiveram fechadas naquele que deveria ser entendido como um claro sinal de todos os trabalhadores da educação, e portanto dos professores que queriam demonstrar ao Governo que tem obrigação de voltar à mesa
de negociação para a recuperação do tempo de serviço congelado aos docentes de 9 anos, 4 meses e 2 dias.
A FNE reivindicou nesta greve particularmente, e para além das questões globais que afetam todos os trabalhadores da administração pública:
– a reivindicação da urgência da abertura da negociação para a recuperação integral do tempo de serviço congelado, 9 anos, 4 meses e 2 dias;
– a urgência de estabelecimento de novas regras para acesso à aposentação que considerem o elevado desgaste que o exercício profissional implica;
– a exigência de respeito pelos limites do tempo de trabalho que ainda continuam a ser excedidos e que têm sido combatidos através de uma greve de que não desistimos;
– a exigência do início da negociação do estabelecimento das carreiras especiais dos trabalhadores não docentes;
– a revisão da Portaria de rácios que permita que as diversas realidades das nossas escolas possam ser contempladas na definição do número de trabalhadores não docentes que lhe devem ser atribuídos;
– o fim da precariedade entre os trabalhadores que asseguram o regular funcionamento das nossas escolas.
O Governo não tem valorizado os trabalhadores da administração pública e a FNE não desiste de lutar pelo que consideramos justo.